Vamos falar de Vivência
Jesus veio a
Terra para nos salvar, mas não de maneira mágica, retirando nossos pecados e
nos tornando perfeitos, mas sim nos ensinando o caminho que devemos seguir para
um dia sermos perfeitos e felizes com o nosso próprio esforço.
Ele
nos fez compreender o amor perfeito de Deus; ensinou que nossos sofrimentos é
conseqüência de nossos próprios erros. Hoje, à luz do espiritismo sabemos que
esses erros não são apenas desta vida, mas de outras também.
Tão
cheios de erros, vivemos pedindo para que Deus nos perdoe, e nos dê novas
oportunidades de acertar e ser feliz. E Deus com todo o seu amor perfeito nos
concede.
Só
que além de amor perfeito, Deus possui também a justiça perfeita. Aí entra
outro ensinamento de Jesus muito importante, contida na oração que ele nos
ensinou: “Perdoai as nossas ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos têm
ofendido.”
Ou
seja, o perdão de nossos erros é exatamente proporcional ao perdão que
concedemos àqueles que erram contra nós. Assim
para pedir perdão, é preciso perdoar.
Aquele
que não perdoa, mesmo se achando no direito por qualquer motivo e não sendo
condenado pela lei dos homens, está submetendo sua ação à Lei Divina de Ação e
Reação, que nos devolve exatamente aquilo que a gente faz. Com que direito podemos
reclamar o perdão, se não perdoamos?
E
porque não perdoar? Não somos todos cheios de defeitos? Não nos disse Jesus que
aquele que não tiver defeito que atire a primeira pedra? Não cabe a nós julgar,
somente Deus o pode.
O verdadeiro
perdão se reconhece pelos atos, é aquele que fazemos com amor e com intenção
sincera de esquecer a ofensa, preservando o adversário de qualquer
constrangimento.
O perdão feito
com ostentação, impondo condições muitas vezes humilhantes, vai provocar muito
mais irritação do que o bem, pois não é um sentimento de amor e humildade, mas
uma maneira de satisfazer o próprio orgulho.
O
perdão sincero esquece os erros do passado, não traz sentimentos de vingança ou
de rancor, não adianta nada dizer que perdoa e aguardar uma oportunidade para
se vingar, ou permanecer desejando o mal.
Mesmo
se o perdão não for aceito, o que importa é a nossa intenção. Mesmo quando acreditamos
que a ofensa foi muito grande, o perdão aí se torna ainda mais importante, pois
o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal.
É
uma tarefa complicada, pois nosso orgulho é mais forte, mas se Jesus nos ensinou
é porque podemos, basta amar. Não é necessário que fiquemos amigos de nosso
adversário, mas pelo menos emitir bons sentimentos e não reagir com futuras
ofensas.
Portanto,
pratiquem o perdão, sejamos severos conosco, mas indulgente com o próximo. O
amor deve sempre prevalecer, ou não terá sentido nos intitularmos cristãos. O
verdadeiro cristão perdoa.
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